Castro recebeu em 2006 R$ 1,2 milhão do Ministério para desenvolver atividades esportivas para 5.000 crianças carentes, dentro do programa Segundo Tempo. Para a reportagem da Folha de São Paulo o pastor contou que depois que fechou o contrato foi procurado por pessoas ligadas ao ministro Orlando Silva (foto) que cobraram 10% do valor.
“Usavam o nome do ministro. Diziam: ‘É para suporte político do ministro’”, disse o pastor batista que resolveu não ceder e não pagou o valor pedido.
Por ter se negado a pagar a propina, o pastor Castro, filiado ao PP, sofreu retaliações. ”Na hora da prestação de contas [do convênio], houve dificuldade porque evidentemente não houve propina.”
A igreja está sendo acusada pelo Ministério Público Federal de cometer irregularidades numa licitação aberta para compra de merenda e cobra a devolução do dinheiro do convênio. Foi só depois disso que o ministério decidiu reprovar as contas da entidade. “Era uma forma de eles tirarem o corpo fora”, disse o pastor.
Castro não é o único a denunciar a cobrança de propina no Ministério do Esporte, o policial João Dias Ferreira, dono de duas ONGs que tiveram convênios com o ministério, disse à revista “Veja” que o próprio ministro Orlando Silva recebeu propina na garagem do ministério.
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