quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Ao Guiame, Marco Feliciano fala sobre a omissão da igreja na política brasileira



A repercussão do comentário do ministro Gilberto Carvalho sobre a influência dos evangélicos na sociedade brasileira, em debate no Fórum Social Temático, realizado no final de janeiro, em Porto Alegre (RS), levou os deputados da bancada evangélica a protestarem contra o posicionamento do ministro.
Ao GUIAME o pastor e deputado Marco Feliciano disse que pretende conversar com o ministro para entender melhor a declaração de Gilberto. “O Gilberto Carvalho foi infeliz nas suas declarações. Eu ameacei convocar ele para as comissões que teremos após o carnaval porque quero ouvir da boca dele quais são os projetos do governo que a bancada conservadora está impedindo. A única coisa que a bancada evangélica tem lutado no plenário é para blindar a família e o os bons costumes” disse Feliciano.

A assessoria de imprensa da Secretaria Geral da Presidência da República divulgou nota informando que o ministro Gilberto Carvalho lamenta o mal entendido em torno das suas declarações sobre os evangélicos. Segundo Carvalho, em sua declaração, ele reconheceu a força dos líderes evangélicos: “De maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. Quem conhece a minha trajetória, sabe do carinho que eu tenho, do reconhecimento que eu tenho ao trabalho das Igrejas Evangélicas no país. O que eu fiz lá foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C e D são as Igrejas Evangélicas e, portanto, essa presença tem que ser reconhecida, é real e efetiva”.

Feliciano também alertou a omissão da igreja na política brasileira. “Temos que sair da toca. Infelizmente os políticos evangélicos ainda convivem com o descrédito da igreja. Os evangélicos deixaram de votar em um cristão fraco pra votar num ateu forte. A igreja precisa se envolver mais na política e minha ida a política prova que um pastor não deixa de pregar a graça da Deus  com ética e compromisso mesmo envolvido no meio político”finaliza.

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